As previsões mais otimistas foram frustradas quando se apurou os votos dos convencionais e quando se verificou maioria nas opções inseridas nas cédulas, sendo uma delas pelo sim ou não a favor de uma coligação, e a outra cédula, pró José Carlos ou pró Gilmarzinho. Ao final, verificou-se 19 votos favoráveis pela coligação com o PSD e 14 votos a favor da coligação com o PP, o partido da situação.
O próprio presidente municipal do PSDB anunciou o resultado e reconheceu que ali se estabeleceu um ato democrático e que estava sendo respeitada a vontade da maioria. O resultado frustrou aos governistas, presentes desde os primeiros momentos da coligação nas dependências do local do evento político partidário.
Não se pode negar que não houve manobras externas pelos votos dos convencionais e até proposta de emprego por parte do governo, conforme informou um dos que foram abordados por este ou aquele governista. E nessa aposta feita, o governo sofre revés, ainda que se tente utilizar a máquina em favor de prováveis coligações, conforme ficou revelado informalmente por um abordado.
Mas o resumo da ópera aponta que o
vereador Beto Valandro perde força e o governo se frustra na tentativa
de conquistar aliados ao ver as pessoas se recusando a aceitar o convite
para entrar na festa quando ela já está acabando. Infelizmente, após
decorridos três anos e cinco meses de gestão e prestes a fechar o
segundo semestre administrativo, é que se oferece cargos públicos, numa
manobra bastante manjada e desproposital. É temerário o aceite e mais
temerária ainda a decisão de se utilizar da máquina para cooptar
aliados.
Ainda que a opção fosse por estar com o governo, o PSDB iria
rachado para o lado da situação, mas todos sabem que o que mais
interessa é a sigla e não as pessoas que estejam nela. E sob essa
percepção, o vereador Beto Valandro se isola e vai ter que mexer sensata
e decisivamente com as pedras no tabuleiro para evitar de fechar o seu
ciclo de 12 anos de forma melancólica e atirado ao ostracismo.
Mas o pior ainda está por vir ante o desejo do vereador Beto Valandro, de criar um substituto na política, quando a sua opção era clara pelo lado governista.
Mas o pior ainda está por vir ante o desejo do vereador Beto Valandro, de criar um substituto na política, quando a sua opção era clara pelo lado governista.
Sobram frustrações de um lado e aumentam as perspectivas
de outro para o duro embate nas urnas, mas com a confirmação clara de
tudo o que já anunciávamos por aqui, de que uma coisa é ser levado e
outra bem diferente é ter que se levar pelas articulações e pelas
posturas políticas, estas que são contadas no começo, no meio e cobra-se
até o fim. E ninguém chuta ninguém ou deixa companheiros pelo caminho
sem que se tenham consequências políticas futuras. Mas as consequências
estão no presente, quando é hora de se articular politicamente, com
quem, de que forma se não houve compromisso com o povo e nem com o
município?
Ao vereador Beto Valandro ainda sobra uma saída, a mais
honrosa possível, se situar politicamente do lado em que sempre esteve e
buscar mais um mandato para a construção de um caminho ao seu partido
como forma de dar uma satisfação aos seus companheiros de verdade e a
si, reconhecendo o mau passo dado. Ainda é tempo e ninguém se furtará em
abrir as portas a um companheiro, apanhado em desafio desmedido.
Por: Benedito / Tribuna de Nobres
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